Sem poesia, a vida seria a morte.


domingo, 13 de fevereiro de 2011

O teu silêncio sopra
dentro de mim
vento forte
que me espalha as lembranças
e desordena as palavras.

Fecho os olhos
com a força
não encontro mais
como me lembrar
porque teus olhos existiram?

E chega enfim
o tempo que não posso mais ouvir nada
além do teu silêncio.

Gratidão por esse vento emudecido,
grita alto em mim e me espalha
numa desordem que vai e
me busca em resgate, salva-me

há tempos e já posso me dormir
não consigo mais te pensar.
Começo a esquecer?

Respiro,
inspiro a vida
que me testa
e me resta a dor
de ser areia,
Infinita e pequena.

Quanto tempo?
A vida. Aquela que falta.

CQ

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