Prescrição de Poesia (Pérolas da Ana)

Sem poesia, a vida seria a morte.

sábado, 21 de agosto de 2010

Postado por Prescrição de Poesia às 18:04

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Moro num edifício esguio e macio De carne-osso e olhos-vida Se o mar quiser estar na minha vista, eu sempre vou ter vista para o mar. CQ

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Meus pensamentos vagueantes são como pérolas, unidas em fila indiana. Minhas pérolas são meu maior tesouro e cada espaço entre elas é feito de silêncio. A mente está presente, mas não é possível percebê-la.

Só a poesia permite palavras em estado meditativo.

Tem dias que sou feita de lua.

Minguando de teu beijo,

sonho e renasço,

desperto, cresço.

e nos teus braços brilho alta,

transbordo, cheia. CQ

Meu coração me excede.

Vivo numa urgência,

sem pressa.

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Todos são portadores de felicidade.

Uma pena notar que boa parte da humanidade ainda é assintomática.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.

(Cecília Meireles – Motivo)

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